CB.DEBATE

Especialista ressalta a importância da humanização na medicina

Durante o CB.Debate Novembro Azul, médico-chefe da Urologia do HRAN destacou a importância da humanização na medicina, do cuidado constante com a saúde e do diagnóstico precoce

Chefe da Unidade de Urologia do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), Paulo de Assis ressalta a importância de os homens procurarem os médicos e ter bons hábitos -  (crédito: Vitória Torres/CB/D.A Press)
Chefe da Unidade de Urologia do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), Paulo de Assis ressalta a importância de os homens procurarem os médicos e ter bons hábitos - (crédito: Vitória Torres/CB/D.A Press)

Em uma fala que mesclou a experiência clínica com uma visão humanizada da prática médica, o chefe da unidade de urologia do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), Paulo de Assis, defendeu que o papel do médico vai muito além do uso da tecnologia. A avaliação do especilista ocorreu durante o CB.Debate Novembro Azul: a saúde do homem em foco, promovido pelo Correio Braziliense, nesta quinta-feira (06/11).

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O médico iniciou suas reflexões com uma premissa central: "A doença nunca é do indivíduo. É uma doença familiar". Ele citou o testemunho de um colega que vivenciou o câncer do pai, e também enfrentou uma doença oncológica pessoalmente, para ilustrar como o diagnóstico e o tratamento impactam todo o núcleo familiar. "A família sentiu o peso", ressaltou.

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Tecnologia a serviço da humanização

Sobre o avanço de ferramentas como a inteligência artificial, Paulo de Assis foi categórico ao afirmar que isso não o preocupa. "A medicina é uma atividade humana. O uso do robô facilita o trabalho e vamos extrair o melhor da tecnologia, mas a humanização que precisamos trazer para a medicina só vem por nós", declarou.

Para ele, o papel do médico é "muito importante para explicar, esclarecer e acompanhar". Citando um princípio fundamental do cuidado, ele lembrou: "Tem uma frase que diz que, quando não se tem o que fazer, ainda se tem muito a fazer". Esse "fazer", segundo ele, é o suporte e a presença, essenciais para pacientes oncológicos ou de qualquer outras área.


Cuidado e diagnóstico precoce

O urologista também foi enfático ao defender a prevenção e os hábitos saudáveis como escolhas diárias. "Saúde é caro, não o plano de saúde, mas as escolhas", afirmou, listando cuidados simples como "alimentação correta, descanso adequado e atividade física". Ele reconheceu a rotina atribulada da maioria das pessoas atualmente, mas frisou que esses cuidados devem ser "inegociáveis".

A chave, para ele, é a constância. Foi com essa ideia que ele justificou a importância de campanhas como o Novembro Azul. "Por que devemos falar dessa doença uma vez por ano? Justamente, para criar essa cultura do cuidado", argumentou.

Paulo de Assis destacou que o objetivo de procurar o médico antecipadamente é "evitar um problema maior". No caso do câncer de próstata, ele deu um dado importante: quando detectadas no início, as doenças malignas da próstata têm índice de cura de 80% a 90%. No entanto, a realidade ainda é preocupante: "Vinte por cento dos cânceres de próstata, na apresentação, já são metastáticos".

 

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postado em 06/11/2025 18:17
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