SÃO PAULO

Morte em Interlagos: segurança preso por suspeita de participação paga fiança e é solto

Autuado em flagrante, suspeito tinha 21 munições de calibre 38 em casa, segundo a polícia. Homem era um dos seguranças que trabalhava no evento onde o empresário estava quando foi assassinado

Casado e pai de dois, o empresário Adalberto Amarilio Júnior foi morto no último dia 30 de maio, no autódromo de Interlagos, Zona Sul de São Paulo. Depois de desaparecido, teve o corpo encontrado num buraco de um canteiro de obras, perto ao local do ocorrido -  (crédito: Reprodução / Redes sociais / TV Globo )
Casado e pai de dois, o empresário Adalberto Amarilio Júnior foi morto no último dia 30 de maio, no autódromo de Interlagos, Zona Sul de São Paulo. Depois de desaparecido, teve o corpo encontrado num buraco de um canteiro de obras, perto ao local do ocorrido - (crédito: Reprodução / Redes sociais / TV Globo )

Um segurança e lutador de jiu-jitsu de 45 anos foi preso em flagrante, nesta sexta-feira (18/7), durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão na investigação do assassinato do empresário Adalberto Amarilio Júnior, no último dia 30 de maio, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O suspeito pagou fiança e foi solto, de acordo com a Polícia Civil. 

O homem trabalhava como segurança em evento no autódromo de Interlagos na noite do crime. Segundo confirmou a Polícia Civil de São Paulo através da Secretaria de Segurança Pública da cidade (SSP-SP), o homem tem antecedentes criminais por furto e ameaça. Na casa dele ainda foram encontradas 21 munições de calibre 38, o que ocasionou na prisão. 

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta sexta. Outras três pessoas, também suspeitas, foram conduzidas para a delegacia, a fim de prestar depoimento. Uma delas, no entanto, não foi encontrada.

"Ninguém foi apontado, nenhum está sob a condição de culpado. São suspeitos", afirmou o secretário-executivo da Segurança Pública, Nico Gonçalves, em coletiva de imprensa. 

Problemas com lista enviada à polícia

Segundo relatado pelo próprio secretário-executivo da SSP-SP, os nomes de dois seguranças não constavam na lista enviada à polícia pela empresa de segurança do evento em que o empresário Adalberto estava na noite em que morreu. Descritos como donos de funções de liderança, se tornaram suspeitos de envolvimento no caso. A polícia investiga o motivo dos nomes não estavam na lista. 

"Estranhamente, duas dessas pessoas não estavam na lista que a empresa forneceu. Eles estavam na posição de mando. Conseguimos uma outra lista que não bateu com a lista que a empresa forneceu", disse Nico Gonçalves.

Existem provas, ainda de acordo com ele, de que os dois deixados de fora da relação tinham poder de decisão sobre a equipe e o serviço. "Os representantes ainda não foram ouvidos por orientação técnica da defesa, eles querem ter conhecimento e eventualmente acesso à medida cautelar para que prestem depoimento na sequência", relatou o delegado Rogério Thomaz.

"Ainda é prematuro dizer que o lutador é o principal suspeito. Só o fato dele ser lutador não traz como principal suspeito, mas ele trabalhou só na sexta, tem antecedentes. Vamos analisar tudo isso", complementou Thomaz. "O lutador de artes marciais no dia seguinte já não foi trabalhar e foi retirado da equipe", acrescentou Nico Gonçalves.

Durante a coletiva, as autoridades ainda relataram que a empresa de segurança não tem relação direta nem com a administração pública, ou com a administração do autódromo. Prestou serviço apenas para o festival de motos. 

postado em 18/07/2025 19:00
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