RONDÔNIA

Casa Civil coordena operação contra irregularidades na Terra Uru-Eu-Wau-Wau

A Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau está situada no estado de Rondônia, com 426 indígenas dos povos Jupaú (Uru-Eu-Wau-Wau), Amondawa, Juma, Oro Win e Cabixi, distribuídos em 12 aldeias, além de povos indígenas isolados

Ibama -  (crédito: Divulgação/Governo federal)
Ibama - (crédito: Divulgação/Governo federal)

A operação de desintrusão na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau em Rondônia teve início em 8 de setembro e é coordenada pela Casa Civil da Presidência da República. Foram concentradas ações de reconhecimento, policiamento ostensivo e notificações a ocupantes irregulares. 

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Em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709, a ação tem como objetivos combater atividades ilegais e preservar a sustentabilidade, integridade e cultura dos povos indígenas, além de garantir a integridade do território e a proteção do meio ambiente da região.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificou uma atividade ilícita que resultou na aplicação de multa de R$ 10 mil a um infrator responsável pelo desmatamento na região. Os agentes constataram uma área desmatada de 1.573 hectares no entorno da terra indígena — o equivalente a cerca de 15 km² ou 2.200 campos de futebol. Foi emitido um documento oficial da infração, aplicada a penalidade, embargada a área e apreendida uma motosserra.

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Segundo o coordenador-geral da operação, Nilton Tubino, os trabalhos iniciais se concentraram no levantamento dos ramais de acesso à terra indígena e na identificação de ocupações irregulares. “As equipes começaram a notificar os ocupantes irregulares. A Funai fez a notificação, enquanto o Ibama conferiu registros de Cadastros Ambientais Rurais (CAR) irregulares dentro da terra indígena”, explicou. 

O objetivo do Ibama é solicitar o cancelamento desses cadastros e manter o embargo das atividades ilegais. “As notificações e autuações envolveram principalmente propriedades limítrofes à TI, que realizaram desmatamento ou descumpriram o embargo, desenvolvendo atividades econômicas”, acrescentou Tubino.

Até domingo (14/9), foram realizadas 25 ações de controle e fiscalização no interior e entorno da terra indígena. Os agentes percorreram rodovias, realizaram patrulhamento terrestre e aéreo, reconhecimento da região e buscas por atividades ilegais.

*Estagiário sob supervisão de Luciana Corrêa

 


CY
postado em 18/09/2025 09:21
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