
Na madrugada desta quinta-feira (18/9), oito homens armados com pistolas e fuzis invadiram o Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro. Os criminosos, que seriam ligados à milícia, renderam um segurança na garagem da unidade e seguiram para o centro cirúrgico.
Segundo a polícia, a ação tinha a finalidade de matar um paciente que estaria internado na instalação. O homem já havia sido vítima de uma emboscada na tarde da quarta-feira (17) e levou 9 tiros. Entretanto, a vítima foi transferida para a enfermaria antes da invasão, local onde os bandidos não foram.
De acordo com o secretário da Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, a invasão causou pânico entre os funcionários e pacientes. “Foi uma situação completamente absurda, uma falta de respeito com os outros pacientes, com os profissionais de saúde, colocando toda a unidade de saúde em risco”, declarou.
O secretário ainda classificou o caso como “uma situação que mostra total falência da política de segurança no Estado do Rio de Janeiro” e que somente neste ano as unidades de saúde tiveram que suspender os atendimentos por 516 vezes, devido à dificuldade da segurança pública manter a ordem nos territórios ocupados pelo crime organizado.
“Os profissionais de saúde, todos profundamente abalados, os pacientes que estavam sendo atendidos em estado grave, correndo risco de vida, por conta dessa interrupção. Uma situação muito grave e que precisa ser respondida pelas forças de segurança com uma investigação séria, para situações como essa não voltarem a acontecer", disse o secretário.
"É inadmissível, é o desrespeito à humanidade de saúde. Nem em situações de guerras extremas, de conflitos armados extremos, as unidades de saúde são tão atacadas como têm sido atacadas no Rio de Janeiro”, completou Soranz.
*Estagiário sob supervisão de Rafaela Gonçalves
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