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Regularização do Sol Nascente/Pôr do Sol será gradativa, diz secretário

Marcelo Vaz, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, compartilha do sentimento do governador Ibaneis Rocha, que nega que essas regiões sejam favelas. Ele falou ainda sobre fatores que levam ao surgimento de condomínios irregulares no DF

CB.Poder entrevista Marcelo Vaz, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
CB.Poder entrevista Marcelo Vaz, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Marcelo Vaz,  secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, afirmou durante participação no programa CB.Poder — uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — desta terça-feira (21/1) que o Governo do Distrito Federal (GDF) tem trabalhado gradativamente para regularizar áreas do Sol Nascente/Pôr do Sol. Às jornalistas Ana Maria Campos e Samanta Sallum, ele comentou sobre os fatores que levam ao surgimento de condomínios irregulares.

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O secretário informou que as áreas do Sol Nascente/Pôr do Sol já estão previstas como passíveis de regularização no Plano Diretor vigente, que é de 2009. Segundo ele, o que a gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB) vem fazendo é investir na regularização fundiária. “A regularização, a criação de lotes e a transferência da propriedade para os moradores já está acontecendo de forma gradativa, principalmente nas áreas passíveis de regularização, que permitem que o governo entre com infraestrutura”, explica.

Ele compartilha do sentimento do governador, que nega que essas regiões sejam favelas — como classificou o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) —, ao destacar o trabalho do GDF nesses locais. “Ele (Ibaneis) combate muito esse estigma de favela, porque o governo trouxe asfaltamento, drenagem, energia elétrica e principalmente esgotamento sanitário para essas regiões. O investimento tem sido muito grande para urbanizar. Tudo que a lei permite está sendo feito para dar dignidade às pessoas em áreas irregulares”, afirmou Vaz.

Condomínios irregulares

Ele ressaltou que o DF tem três grandes exemplos de condomínios de classe média construídos de maneira irregular em Vicente Pires, em Sobradinho e no Jardim Botânico. A explicação para isso, de acordo com Vaz, são os altos preços e falta de oferta no Plano Piloto e em outras áreas centrais da capital. Apesar da irregularidade e da criminalidade envolvidas na construção, ele disse acreditar que muitos dos moradores optam por essas moradias por falta de tempo necessário para fazer um parcelamento regular, e não por má-fé.

“Há criminalidade por trás, mas não são todos que participam disso. Infelizmente, tem muitas pessoas de boa-fé que precisam da moradia e procuram aquelas áreas. O que a gente tem que fazer agora é um planejamento que busque evitar esse tipo de problema e o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) está sendo discutido também nessa linha”, afirmou o secretário. 

* Estagiário sob supervisão de Eduardo Pinho

Henrique Sucena
postado em 21/01/2025 16:19
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