
Em mais um passo na tentativa de garantir o reajuste salarial das forças de segurança do Distrito Federal, a Secretaria de Economia (Seec) concluiu, nesta terça-feira (8/4), o estudo detalhado demonstrando que os recursos do Fundo Constitucional (FCDF) são suficientes para cobrir o impacto do aumento salarial das corporações.
De acordo com o levantamento, obtido pelo Correio em primeira mão, o impacto será de R$ 3,1 bilhões, para o próximo ano. O levantamento foi encaminhado hoje (8/4), por meio de um ofício, ao Ministério da Gestão e Inovação (MGI) do governo federal.
No documento enviado à União, o GDF apresenta projeções de impacto financeiro até 2030 e mostra que o reajuste está dentro dos limites legais e fiscais. "Os cálculos foram feitos em parceria com os setores de pessoal das corporações e seguem os critérios da Lei de Responsabilidade Fiscal", detalhou o secretário de Economia, Ney Ferraz.
De acordo com o gestor, também foram levadas em conta as previsões de crescimento da Receita Corrente Líquida da União — parâmetro que define os repasses do Fundo Constitucional. Ney Ferraz também comentou que o estudo mostra que o FCDF tem como absorver o reajuste sem comprometer outras áreas.
O GDF anexou planilhas detalhadas com os impactos por corporação e o planejamento de utilização dos recursos ano a ano. O documento ainda reforça a disposição do GDF em "seguir aberto ao diálogo" para avançar nas negociações.
O aumento salarial das categorias, proposto pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) em fevereiro, busca corrigir distorções salariais e equiparar os vencimentos das forças de segurança do DF com os da Polícia Federal. A equiparação é uma demanda antiga dos profissionais da segurança pública do DF.