
Laíza Ribeiro*
O PhD especialista em fisioterapia esportiva e fisioterapia traumato-ortopédica, Marcio Oliveira, falou sobre o Congresso Internacional de Fisioterapia Esportiva ao CB.Saúde — parceria do Correio Braziliense e a TV Brasília — desta quinta-feira (16/10). Aos jornalistas Marcos Paulo Lima e Sibele Negromonte, Marcio também comentou sobre a importância da fisioterapia em pessoas comuns e em atletas de jogos eletrônicos.
Brasília está sediando o 12° Congresso Brasileiro e o 10° Congresso Internacional de Fisioterapia Esportiva, organizados pela Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física (Sonafe Brasil). Segundo Marcio, o evento bateu o recorde de participantes e palestrantes, além de uma produção científica em massa por meio dos trabalhos apresentados. “É um grande evento. Nele, são traçadas novas diretrizes para as estratégias dos profissionais, para as equipes e para os clubes que lidam com a reabilitação do atleta”, diz o fisioterapeuta.
Marcio fala também aborda os grandes avanços que a área vem passando. “Houve uma evolução muito grande em todos os aspectos, desde técnicos, físicos — que dizem respeito diretamente à performance desses atletas — como também nas lesões. Isso impulsionou muito a área do esporte como um todo e para fisioterapia foi realmente magnífico. Desenvolvemos muitos projetos de pesquisa, muitos recursos tecnológicos e avançamos muito nos programas de tratamento. Isso culmina com a maior longevidade do atleta e com o nível de performance também cada vez maior”, explica o especialista.
O especialista também explica o papel da fisioterapia em pessoas comuns, que não são grandes atletas mas que fazem atividades físicas importantes e que necessitam de um acompanhamento de um profissional. “O fisioterapeuta pode avaliar esse atleta, identificar fatores de risco e traçar estratégias que podem ser feitas sob supervisão, fazendo com que ele potencialize aspectos que, bem potencializados, vão impedir que queixas e lesões aconteçam”.
Outro ponto citado por Marcio é a questão do cuidado com as lesões em jogos eletrônicos. “É uma performance mental, com certeza, mas também é uma performance física. Porque todos esses ‘players’ ficam por horas em atividades manuais, muitas vezes em uma postura estática prolongada e tudo isso pode gerar queixas e lesões. Assim como nós temos os trabalhos para outras modalidades, temos as estratégias para os ‘gamers’. Isso vale também para as pessoas comuns, porque aumentou muito o número de pessoas que ficam em frente à tela e manuseando o celular. A fisioterapia tem um papel importante para evitar inclusive esses problemas na postura”, finalizou o especialista.
*Estagiária sob a supervisão de Márcia Machado
Assista a entrevista completa:
Saiba Mais