
Trio de pesquisadores de universidades do Brasil, Venezuela e Costa Rica documentou um tubarão-lixa alaranjado pela primeira vez no Caribe. O animal, um adulto de cerca de dois metros, acabou capturado durante um passeio de pesca esportiva no Parque Nacional Tortuguero, na Costa Rica. Ele tem uma condição rara, que faz a pele dele, normalmente marrom, ficar laranja.
Segundo os cientistas, o espécime é portador de uma condição chamada xantismo, que dá pigmentação amarelo-alaranjada ao corpo. Ele também apresentava olhos brancos, o que indica que o animal tem uma combinação de condições chamada albino-xantocromismo.
A coloração marrom nos tubarões-lixa não é por acaso. Ela serve para que eles possam se camuflar no mar para fugir de predadores. Por isso, um tubarão adulto com xantirmo seria improvável, já que a cor chamativa torna os espécimes mais vulneráveis. A descoberta sugere que a anomalia de cor não impede a sobrevivência desses animais, como acreditava a comunidade científica.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Além de ser a primeira aparição de tubarão-lixa com essa anomalia no Caribe, é também o primeiro caso de xantismo total já registrado na espécie. Os cientistas indicam que é necessário mais pesquisas para entender se fatores genéticos ou ambientais podem influenciar no desenvolvimento da condição.