Diversão e Arte

Kesha fala sobre fama repentina, superação e liberdade

Kesha reflete sobre sua trajetória, revela como encontrou força na música e celebra a liberdade de finalmente ser quem é

Kesha fala sobre fama repentina, superação e liberdade -  (crédito: TMJBrazil)
Kesha fala sobre fama repentina, superação e liberdade - (crédito: TMJBrazil)

Kesha, aos 38 anos, revisita os bastidores de sua jornada meteórica rumo ao estrelato. Em um relato sincero, a artista pop relembrou o turbilhão de emoções que viveu desde sua inesperada ascensão em 2009, quando estourou ao lado de Flo Rida no sucesso mundial “Right Round”.

“Em pouco mais de um ano, fui de dormir em um saco de dormir a abrir shows da Rihanna”, revelou em entrevista à People. “Foi apavorante, mas também muito divertido.”

Com uma infância marcada por dificuldades financeiras e dependência de auxílios governamentais, Kesha encontrou na música não apenas refúgio, mas uma missão. “Lembro de me perguntar o que poderia trazer felicidade em meio ao caos. E a resposta eram as músicas felizes.”

Essa percepção atravessou sua trajetória. Hoje, mais do que nunca, a cantora se vê como ponte entre dor e esperança. “O incrível de ser artista é poder transformar o próprio inferno em algo que ajude outras pessoas. Quando entro no estúdio, penso: ‘Vamos fazer um hit que nos salve disso tudo.’”

O caminho, no entanto, não foi sem cicatrizes. Após enfrentar batalhas judiciais intensas, inclusive contra seu ex-produtor Dr. Luke, e lidar com críticas duras ao longo dos anos, Kesha afirma ter atingido um estado raro na indústria pop: o da libertação.

“Já me disseram de tudo: que estou velha, que sou horrível, que não sou boa o suficiente. Hoje, sou imune a isso. E talvez essa seja minha maior força — porque isso é liberdade. A liberdade de ser, simplesmente, eu.”

Kesha reflete sobre o impacto de “Tik Tok” e revela momentos de superação em entrevista

A cantora Kesha marcou presença no podcast Reclaiming, apresentado por Monica Lewinsky, onde abriu seu coração sobre os altos e baixos de sua carreira, além de refletir sobre o peso e a influência de seus maiores sucessos. Durante a conversa, ela abordou o impacto transformador de seu hit mundial “Tik Tok”, faixa que ultrapassa a impressionante marca de 1,5 bilhão de reproduções no Spotify, e como essa música acabou definindo uma etapa significativa de sua vida profissional. Sobre essa relação complexa entre artista e obra, Kesha explicou com sinceridade o efeito de ter um hit que a acompanha por tanto tempo:

“Quando você é artista e compositora, pode escrever uma única música e ela te definir por muito tempo.”

Ao revisitar a época do lançamento, a cantora não escondeu o carinho que ainda nutre pelo álbum Animal (2010) e pela própria “Tik Tok”, apesar dos desafios que enfrentou por conta dos rótulos e da forma como a indústria musical tentou encaixá-la em um único perfil. Kesha falou sobre a dificuldade de ser enxergada além daquela “caixinha” e sobre o sentimento de não ser completamente compreendida:

“Eu amo ‘Tik Tok’ e amo aquele primeiro álbum [Animal, de 2010], tipo, são meus bebês. Mas vou dizer que ser colocada em uma determinada caixinha foi desafiador. Eu sentia que ‘as pessoas não estavam me vendo’.”

Mais adiante, a cantora refletiu sobre o contexto histórico em que a música se tornou um fenômeno, ressaltando que, mesmo sem intenção consciente, sua faixa acabou representando uma válvula de escape para as pessoas num período difícil, carregado de incertezas econômicas e sociais. Kesha destacou como sua mensagem de leveza e diversão foi uma resposta necessária àquela conjuntura, que tocou o público de forma profunda:

“Mas também tenho muita sorte de que [‘Tik Tok’] tenha estourado, e acho que toquei numa parte do cérebro das pessoas que elas precisavam”, explicou. “Era uma época de recessão, e eu estava oferecendo alegria pura, bobeira, leveza e aquele espírito de ‘F***-se, vamos nos divertir, não me importo com o que os outros pensam’. Eu defendo isso. É algo importante de se sentir.”

Kesha compartilha momento de superação em show

Durante o bate-papo, Kesha revelou um episódio marcante e doloroso vivido nos palcos, quando, apesar de uma grave lesão, não desistiu de continuar sua performance. Ela narrou o momento em que rompeu o ligamento cruzado anterior durante um festival em Dubai, e a força que teve para finalizar o show, mostrando toda sua garra e profissionalismo:

“Foi brutal, e tipo na terceira música ou algo assim. Eu estava tocando em um festival em Dubai e rompi meu ligamento cruzado anterior (ACL). E eu me levantei, toquei guitarra, cantei e terminei o maldito show… Porque eu sou uma mulher foda.”

Atualmente, Kesha segue em evidência com a promoção de seu mais recente álbum, intitulado “.”, e está em turnê pelos Estados Unidos com a “T*ts World Tour”.

LS
postado em 10/07/2025 09:27
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