DIA DA PIZZA

Descubra como é a pizza perfeita para especialistas italianos e brasileiros

Especialistas revelam o segredo da receita perfeita e analisam como o prato italiano conquistou de vez o paladar brasileiro

No Dia da Pizza, especialistas revelam: como é a pizza perfeita, da Itália ao Brasil -  (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
No Dia da Pizza, especialistas revelam: como é a pizza perfeita, da Itália ao Brasil - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)

A pizza vai muito além de um prato popular: é símbolo de tradição, criatividade e afeto ao redor do mundo. No Brasil, onde o costume de reunir amigos e familiares em torno de uma boa pizza virou parte da cultura, o dia da pizza, celebrado nesta quinta-feira (10/7) ganha ainda mais sabor.

Enquanto o país se consagra como o segundo maior consumidor global, pizzaiolos e especialistas reforçam a importância de preservar a essência italiana da receita — respeitando ingredientes, técnicas e, acima de tudo, a arte por trás de cada fatia.

“Pizza leve, com discreta crocância que logo encontra aeração e maciez”, assim o pizzaiolo italiano que vive no Brasil há cerca de 20 anos, Patrick Catapano, descreve a pizza ideal. Para ele, o prato deve estar suculento no ponto ideal e com cobertura equilibrada. E ainda acrescenta: “Quando provar uma bem feita, compreenderá o que digo no mesmo instante”, compartilhou.

Os principais ingredientes, como a farinha de alta qualidade, tempo, atenção e percepção aguda estão entre alguns dos requisitos para montar uma pizza italiana perfeita. Afinal, ela é considerada patrimônio cultural. Para Patrick, é possível dar personalidade, mas sem perder o toque de ancestralidade.

“Significa respeito a uma arte que se desdobra com a criatividade de cada indivíduo, dando personalidade, inclusive, aos pizzaiolos não italianos que adotam o estilo italiano de fazer a massa”, disse. “É um estilo mais democrático e coerente com uma gastronomia mais equilibrada e expressiva.”

Ele acredita que alguns exageros podem desconectar a essência do prato, como por exemplo, a falta de comprometimento do profissional, a criação de um produto genérico e uso exagerado de ultraprocessados. Para ele, esses itens causam uma desconexão com o propósito alimentar. “Acredito ser a desestabilização de uma harmonia bem definida pela exagero de um paladar mal-educado, viciado e industrializado, perdendo a essência do pensamento que conecta qualidade à natureza, frescor e beleza, essa é a essência da arte de fazer pizza”.

Em contrapartida, Breno Oliveira, professor de panificação e pesquisador da área de Gastronomia do Instituto Federal de Brasília (IFB), a principal diferença é que o brasileiro muitas vezes põe outros ingredientes na massa, como açúcar e ovo. “Mas como o brasileiro sempre gosta de caprichar, aqui nós colocamos mais ingredientes em tudo, por mais que às vezes não precise.”

Apesar de ser um prato italiano, os brasileiros se adequam facilmente ao prato. Um dos itens destacados pelo professor é como o hábito de ir a pizzarias se tornou parte da nossa cultura. “É comum vermos famílias, casais, amigos e demais grupos irem para as pizzarias para celebrarem os mais diversos momentos, sem contar que o Brasil é o segundo maior consumidor de pizza do mundo, ficando atrás apenas dos EUA”, contou o professor.

O mercado é aquecido, mas carece de profissionais. Segundo o professor, falta mão de obra para suprir a demanda, por isso ele afirma que quem se forma na área de gastronomia e panificação vai encontrar muitas opções de empregos.

Diferentes tipos de pizza

Pizza romana: mais fina e crocante, é aquela pizza que, devido ao seu tamanho e à pouca massa, geralmente pode ser comida por uma pessoa.

Pizza tradicional ou típica de Roma: assada em formas redondas ou retangulares, é o tipo de pizza mais comum nas pizzarias brasileiras e serve como referência para o que os brasileiros consideram "pizza". É facilmente encontrada em quase todo lugar.

Pizza napolitana: caracterizada por sua alta fermentação, que geralmente ultrapassa 24 horas. Esse longo período de descanso e fermentação confere à massa um sabor e textura delicada. Na pizza napolitana, valoriza-se a borda aerada e crocante, contrastando com o interior da massa, que é macia e fina.

Essa combinação de texturas harmoniza perfeitamente com recheios cremosos. Além disso, é assada em altas temperaturas por um curto período de tempo — por exemplo, a 300 graus por apenas 2 minutos, estando pronta para ser servida.

 

 

postado em 10/07/2025 10:38 / atualizado em 10/07/2025 10:48
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