Sustentabilidade

No pré-COP30, seminário Donut Global chega a Brasília

Na esteira de eventos pré-COP30, o encontro internacional propõe um modelo de economia baseado nos limites ecológicos do planeta

Além do encontro no IFB, a oficina
Além do encontro no IFB, a oficina "Donut para Negócios de Impacto Regenerativo" acontecerá no Impact Hub, no mesmo dia - (crédito: Divulgação/GDD Brasil)

O Instituto Federal de Brasília (IFB) será palco do seminário Dia Donut Global (GDD 2025, em inglês), nesta quinta-feira (16/10). O evento internacional, que chega a cinco capitais brasileiras em outubro, propõe conectar pessoas à um modelo de desenvolvimento sustentável. 

O seminário gratuito, intitulado “Novas Economias na Quebrada” é voltado a alunos e discute os desafios e oportunidades de empreender nas periferias a partir do conceito de Economia Donut, desenvolvido pela economista britânica Kate Raworth.

“O Brasil vem se destacando de forma muito positiva nos últimos Global Donut Days, o que traz um holofote para nosso país e cultura”, afirma Carol Tomaz, economista e co-fundadora do Donut Brasil. “Em Brasília, vamos aprofundar a abordagem das novas economias no contexto dos pequenos negócios e dos territórios periféricos”.

Essa é a terceira edição do Dia Donut Global no Brasil. Além do encontro no IFB, a oficina “Donut para Negócios de Impacto Regenerativo” acontecerá no Impact Hub, no mesmo dia, aberta ao público. O objetivo é reunir startups, empresas de impacto e organizações para explorar práticas regenerativas e a colaboração no mundo dos negócios. 

Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba e Florianópolis também receberão o seminário durante este mês. O evento acontece a menos de um mês da COP30, em Belém, reforçando a agenda de sustentabilidade e desenvolvimento no país.

Estão confirmados no encontro, Carol Tomaz e Ana Lavaquial, do Donut Brasil, além de Luiz Bonvini, do Impact Hub Network, e a consultora socioambiental Lorena Costa. 

O que é a Economia Donut?

O nome do conceito vem do formato da estrutura visual que baseia a teoria: uma rosquinha (donut, em inglês). Neste diagrama, o círculo central representa a proporção de pessoas sem acesso à condições essenciais à vida (saúde, educação, equidade, etc.), enquanto a borda externa representa os limites ecológicos do planeta que não podem ser ultrapassados. 

No modelo, proposto por Kate Raworth, a prosperidade de uma economia é medida pelo quanto os alicerces sociais são atendidos sem que os limites de recursos planetários sejam ultrapassados. A área entre os dois anéis da rosquinha seria esse espaço seguro para a humanidade. 

Dia Donut Global

O evento internacional nasceu com o objetivo de reunir pessoas em torno de ações conectadas à teoria econômica Donut. O encontro reúne governos, comunidades, jovens, ativistas e organizações em atividades simultâneas ao redor do mundo, sob o lema “ação local, conexão global”.

Em 2024, o Dia Donut mobilizou 14 cidades brasileiras, em oito estados, com a participação de 1.249 pessoas e mais de 60 horas de atividades que incluíram rodas de conversa, mutirões, feiras e ações culturais. 

Ana Lavaquial explica que o evento oferece a oportunidade de transformar desafios sociais em ações coletivas. “O Dia Donut é um momento único para reunir pessoas, ideias e práticas que mostram que outra economia já está acontecendo”, afirma.

Dia Donut Global 2025

Quinta-feira (16/10) — Seminário Novas Economias na Quebrada: Instituto Federal de Brasília (IFB), às 10h. 
Oficina Donut para Negócios de Impacto Regenarativo: Impact Hub Brasília, às 16h. Formulário de inscrição no link

 

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postado em 10/10/2025 20:53
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