Atentado

Quem era Charlie Kirk, aliado de Trump assassinado nos EUA

Ativista era uma das maiores vozes da direita norte-americana entre os jovens

O portal de notícias Axios, chegou a considerar Kirk como um dos 10 influenciadores do mundo com maior engajamento -  (crédito: NICHOLAS KAMM)
O portal de notícias Axios, chegou a considerar Kirk como um dos 10 influenciadores do mundo com maior engajamento - (crédito: NICHOLAS KAMM)

Charlie Kirk, de 31 anos, aliado do presidente Donald Trump morto nesta segunda-feira (10/9), era uma das vozes mais influentes da direita norte-americana. Conhecido como peça fundamental na mobilização de jovens conservadores nos Estados Unidos, Charlie era casado e deixa dois filhos.

O ativista se dizia defensor dos valores cristãos e do livre mercado. Durante as eleições norte-americanas de 2024, ele participou de eventos voltados a eleitores jovens, chamando a corrida eleitoral de “batalha espiritual”.

O portal de notícias norte-americano Axios, chegou a considerar Kirk como um dos 10 influenciadores do mundo com maior engajamento. O podcast dele, “The Charlie Kirk Show”, é um dos mais populares dos EUA e, nas redes sociais, a soma de seguidores ultrapassa os 14 milhões.

O alcance de Charlie também foi reconhecido pela revista Forbes. Em 2018, ele figurou na lista Forbes Under 30, que seleciona 30 personalidades de destaque com menos de 30 anos. 

A organização juvenil conservadora fundada por ele em 2012, a Turning Point USA, promoveu o movimento “Estudantes com Trump” em 2020 e 2024, para angariar votos para o republicano. A organização está presente em 3.500 instituições de ensino em todos os 50 estados do país.

Charlie também protagonizou polêmicas ao defender o porte de armas nos EUA. Após um tiroteio que matou seis crianças em uma igreja em Nashville, ele afirmou que “vale a pena arcar com o custo de, infelizmente, algumas mortes por armas de fogo todos os anos para que possamos ter a Segunda Emenda para proteger nossos outros direitos dados por Deus”.

Crítico ao islã, o ativista defendia que a religião não era “compatível com o ocidente”, chegando a sugerir que imigrantes que não se adaptassem aos valores dos EUA deveriam ser deportados mesmo se estivessem no país de forma legal.

Pautas anti-LGBTQIA+ e em defesa do fundamentalismo cristão também eram frequentes nos discursos de Kirk. “Não há separação entre igreja e Estado”, disse no programa The Charlie Kirk Show. “É uma fabricação. Uma ficção. Não está na Constituição. Isso foi inventado por humanistas seculares”. 

Atentado

Charlie Kirk foi baleado no pescoço enquanto participava de um evento conservador em uma universidade em Utah, nos Estados Unidos. Ele chegou a ser levado a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Antes do tiro, Kirk estava sentado no que ele chamava de mesa “Me prove que estou errado”, onde ele respondia perguntas do público. Até o momento, o atirador não foi localizado.

O presidente Donald Trump anunciou o falecimento do aliado nas redes sociais. "Ele era amado e admirado por TODOS, especialmente por mim, e agora não está mais entre nós. Meus sentimentos, junto com os de Melania, vão para sua linda esposa Erika e para a família. Charlie, nós te amamos!", publicou.

 

postado em 10/09/2025 19:39 / atualizado em 10/09/2025 19:40
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