
A China informou nesta sexta-feira (17) que iniciou investigações por corrupção contra o segundo militar de maior patente do Exército, o general He Weidong, e outros oito comandantes, como parte da campanha anticorrupção ordenada pelo presidente Xi Jinping.
He Weidong, vice-presidente da Comissão Militar Central (CMC), foi um dos nove indivíduos expulsos do Exército por terem "violado gravemente" a disciplina, segundo uma declaração online do porta-voz do Ministério da Defesa, Zhang Xiaogang.
Oito pessoas foram expulsas do Partido Comunista Chinês, após terem integrado seu Comitê Central, precisou.
"A punição severa imposta a He Weidong, Miao Hua (...) e outros demonstra mais uma vez a firme determinação do Comitê Central do Partido e da Comissão Militar Central em perseverar na luta contra a corrupção", sentenciou o porta-voz.
O anúncio encerrou meses de especulações sobre a situação de He, que não aparecia em público desde março.
Esta é a primeira vez que o governo chinês confirma oficialmente sua destituição, sem revelar detalhes sobre uma eventual detenção.
Xi tornou a erradicação da suposta corrupção em todos os níveis do governo uma prioridade absoluta desde que chegou ao poder há pouco mais de uma década.
Os defensores dessa política afirmam que ela promove uma governança limpa, mas outros argumentam que também serve como ferramenta para o mandatário eliminar seus rivais políticos.