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Tenorinho: confirmação da morte de músico brasileiro na Argentina abre caminho para novas revelações

Jair Krischke na sede do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) em Porto Alegre -  (crédito: Luiz Antônio Araujo)
Jair Krischke na sede do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) em Porto Alegre - (crédito: Luiz Antônio Araujo)

A confirmação de que a Argentina dispõe de impressões digitais de Francisco Tenório Cerqueira Jr., o Tenorinho, visto pela última vez em 18 de março de 1976, em Buenos Aires, é um passo importante para esclarecer o mistério sobre o destino do músico, mas está longe de elucidar por completo o mais antigo desaparecimento de um cidadão brasileiro no país vizinho.

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É o que afirma à BBC News Brasil o presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), Jair Krischke, que participa há quase 50 anos da investigação sobre o paradeiro de Tenório.

Pianista profissional, casado e pai de quatro filhos (sua mulher, Carmen Magalhães Cerqueira, estava grávida do quinto), o músico participava de uma turnê de shows com o poeta Vinicius de Moraes e o violonista Toquinho.

"Nos últimos dias, graças ao trabalho da Justiça argentina na busca pela verdade sobre os desaparecidos, foi possível confirmar que o corpo de um homem encontrado em Don Torcuato em 20 de março de 1976, dois dias após o desaparecimento, era de Tenorinho", informou a embaixada brasileira em Buenos Aires em setembro.

Autoridade mundialmente reconhecida em crimes cometidos pela Operação Condor, consórcio de ditaduras do Cone Sul para vigiar, perseguir, sequestrar, torturar, matar e esconder corpos de opositores políticos, Krischke assessorou a Comissão Nacional da Verdade no interrogatório do torturador argentino Claudio Vallejos, o Gordo (El Gordo) em 2012.

O ex-oficial do Serviço de Informação Naval da Argentina, que vivia no Brasil desde 1985, concedeu no ano seguinte uma entrevista à revista Senhor na qual confessou ter praticado crimes como agente da repressão política durante a ditadura militar (1976-1983) no país vizinho.

Entre outras revelações, afirmou ter participado de sessões de tortura de Tenório na Escola de Mecânica da Armada (Esma), ao final das quais o músico teria sido executado com um tiro na cabeça.

Para sustentar sua versão, exibiu um ofício que teria subtraído dos arquivos do Serviço de Informação Naval, assinado pelo capitão de corveta Jorge Eduardo Acosta, apelidado O Tigre (El Tigre) sem data, no qual a Marinha argentina colocava os restos de Tenório à disposição da embaixada brasileira em Buenos Aires.

O Itamaraty sempre negou ter recebido essa comunicação.

Jair Krischke, um homem idoso de cabelos e barba branca, vestindo camisa xadrez, olha para a câmera com expressão séria, ao lado de uma janela com vista para a rua
Luiz Antônio Araujo
Jair Krischke na sede do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) em Porto Alegre

Preso por estelionato em 2009 no Brasil, Vallejos conseguiu evitar a extradição para a Argentina até que, em 2013, foi finalmente posto à disposição das autoridades do país vizinho em razão de crimes cometidos no período ditatorial.

Na Argentina, Vallejos foi condenado em 2021 por envolvimento na morte do embaixador argentino na Venezuela Héctor Hidalgo Solá.

Durante o juízo, Vallejos negou as declarações dadas anteriormente sobre participação na morte de Tenório.

O militar morreu em junho daquele ano, de câncer, em um hospital da província argentina de Misiones.

"A informação de que o corpo de Tenório foi periciado pelas autoridades argentinas desmonta a versão de Vallejos", afirma Krischke.

O presidente do MJDH diz que resta esclarecer o que ocorreu no intervalo entre o desaparecimento do músico e sua morte, por que foi executado e teve seu corpo abandonado dezenas de quilômetros do local onde foi presumivelmente capturado, onde foi sepultado e quais foram as providências tomadas pelas autoridades argentinas em relação ao caso.

A identificação de Tenório também abre a perspectiva de que os outros 10 brasileiros desaparecidos na Argentina a partir de 1976 venham a ser identificados.

Leia a seguir a entrevista de Krischke à BBC News Brasil:

BBC News Brasil – Desde quando o sr. investiga o desaparecimento de Francisco Tenório Cerqueira Jr.?

Jair Krischke – Praticamente desde que se soube do fato, em março de 1976.

BBC News Brasil – O caso foi noticiado imediatamente no Brasil?

Krischke – Logo depois do fato, começam as buscas por Tenório, inicialmente por iniciativa de Vinicius de Moraes, Toquinho e Ferreira Gullar (poeta brasileiro, 1930-2016), que estava exilado em Buenos Aires.

Eles começam a se mover para saber o que aconteceu, sem apoio da embaixada brasileira, uma coisa complicada. Um aspecto curioso, na época, foi que o desaparecimento ocorreu antes do golpe (os militares argentinos derrubaram o governo democraticamente eleito de Maria Estela Martínez de Perón, a Isabelita, em 24 de março de 1976, seis dias depois do sumiço de Tenório).

A realidade argentina era muito complexa. Ainda havia democracia, mas a Triple A (denominação popular da Alianza Anticomunista Argentina, grupo paramilitar encabeçado por José López Rega, eminência parda do governo Isabelita) estava em ação. Esse é o contexto.

A sede da Triple A ficava no porão do Ministério do Bem-estar Social, que tinha como titular López Rega. Essa organização promovia uma matança de militantes de esquerda. Isso me chamou atenção porque Tenorinho não era militante de nada. Era um músico, muito reconhecido e admirado. Por que razão isso aconteceria com ele?

Reprodução
Reprodução

BBC News Brasil – Quais foram os primeiros passos da investigação?

Krischke – Começamos a buscar informações no universo em que atuamos, o dos direitos humanos, principalmente junto a colegas da Argentina. Avançou-se pouco. Saber que o cadáver foi encontrado dois dias depois, em um terreno baldio nos arredores de Buenos Aires, me surpreende. O aparelho repressivo argentino, quando matava, sumia com os corpos, não os jogava em terrenos baldios.

BBC News Brasil – Tampouco colhia impressões digitais ou amostras biológicas do corpo.

Krischke – Quem colheu foi a polícia científica, equivalente ao nosso Instituto Médico-Legal. O corpo foi encontrado baleado e abandonado.

BBC News Brasil – Isso significa que não apenas a morte, mas também a localização do corpo ocorreu antes do golpe.

Krischke – Quatro dias antes. A polícia argentina tomou providências de rotina, como qualquer polícia do mundo: fez autópsia e recolheu impressões digitais para uma futura identificação. Mas não tínhamos conhecimento desse corpo encontrado.

BBC News Brasil – Nem poderiam tê-lo.

Krischke – Isso passa batido. Sempre procuramos pistas dentro do aparelho repressivo argentino, que era enorme. Temos mais brasileiros desaparecidos. Nessa busca para saber onde estariam os restos mortais, não havia mais informações. Depois da redemocratização, é criado um grupo para investigar as mortes. Foi um trabalho impressionante que fizeram em busca de dados, muito bem conduzido por profissionais qualificados. Criou-se um acervo, e Tenorinho está lá. Havia no Ministério do Interior um grupo que investigava todos os casos da Operação Condor. O caso de Tenorinho estava catalogado inicialmente com essa referência mínima: estava hospedado no Hotel Normandie, depois de um show disse que iria buscar um sanduíche, cigarros, analgésico e nunca mais voltou. Era o que se tinha, oficializado junto às autoridades argentinas, mas nada mais do que isso. Essa é uma investigação que nunca para.

Placa que homenageia Tenorinho no Hotel Normandie, em Buenos Aires
Marcia Carmo/BBC
Placa que homenageia Tenorinho no Hotel Normandie, em Buenos Aires

BBC News Brasil – Como foi possível localizar as impressões digitais?

Krischke – Hoje a Argentina tem dois setores que trabalham muito bem. Um deles são os antropólogos forenses, excelentes e reconhecidos mundialmente. São autônomos em relação ao Estado, que prestam serviço à sociedade. Há também o Ministério Público Federal argentino, com um núcleo de investigação com procuradores e historiadores. Essa situação de buscar informações junto ao governo brasileiro parte desse núcleo, que pede impressões digitais, elementos para fazer testes de DNA e outras evidências.

Estão muito mais avançados do que nós no Brasil. Têm hoje um banco genético para o qual familiares de desaparecidos fornecem amostras para que, na medida em que vão sendo descobertos corpos, seja possível fazer identificação por meio de DNA.

BBC News Brasil – E até mesmo filhos de desaparecidos.

Krischke – E isso tem sido feito. Uma historiadora desse núcleo me enviou mensagem ontem (domingo, 14) dizendo que os dados de Tenório vinham sendo procurados havia um ano e meio. Comentei: é demorado, né? E ela me respondeu que eles fazem um trabalho sério. Ela nunca havia comentado nada a esse respeito. Eu compreendo que o sigilo é importante para evitar especulações.

BBC News Brasil – A partir da revelação de que as autoridades argentinas dispõem das impressões digitais de Tenório, o que se pode dizer com certeza que ocorreu e o que se pode descartar das versões anteriores sobre o caso?

Krischke – Eu começaria pelo que não aconteceu. Trabalhávamos com informações de um marinheiro argentino, Claudio Vallejos, que andava pelo Brasil e dizia que tinha participado da operação (de sequestro de Tenório), que ele teria sido levado para a Esma, onde teria sido torturado e que a embaixada brasileira teria sido comunicada. Ele fornecia inclusive um documento assinado pelo "Tigre" Acosta (Jorge Eduardo Acosta, capitão de corveta da Marinha condenado à prisão perpétua por tortura em 2017).

Tinha saído da Argentina e passado pela Itália, onde deu entrevistas sobre sua trajetória na repressão, repetindo esse padrão no Brasil. Radicou-se em Santa Catarina, onde se transforma em estelionatário: vendia anúncios de uma revista policial que jamais foi publicada. Acabou preso e condenado, mas quando está prestes a ser expulso revela que tem um filho com uma brasileira e precisa sustentá-lo.

Fachada do hotel Normandie no centro de Buenos Aires com carros parados à frente
Marcia Carmo/BBC
Tenorinho estava hospedado neste hotel no centro de Buenos Aires

BBC News Brasil – Como o sr. envolveu-se no processo de extradição?

Krischke – Sou amigo de um promotor argentino, Miguel Ángel Osorio, com quem comentei sobre o caso de Tenório e a existência de um ex-agente no Brasil que dizia ter participado de sessões de tortura dessa vítima. Sabia-se que ele tinha dirigido um dos carros envolvidos em massacre de três padres e dois seminaristas da Igreja de São Patrício, no bairro de Belgrano, em Buenos Aires, e eu menciono esse caso ao promotor, que acolhe a informação e abre um processo de extradição contra Vallejo. Com isso, em 2012, ele é preso pela Polícia Federal brasileira com vistas a ser extraditado.

BBC News Brasil – Ele estava preso no Brasil quando depôs à Comissão Nacional da Verdade?

Krischke – Sim. Foram preparadas mais de cem perguntas para que ele contasse a história. No depoimento, ele mostrou mais uma vez sua incrível capacidade de inventar versões e distorcer fatos. Ele era isso: um estelionatário de tudo, inclusive da verdade. Acabou extraditado e condenado a 25 anos de prisão e morreu no cumprimento da pena. Mesmo desconfiando dos documentos que ele aportava, trabalhávamos com as informações que surgiam.

BBC News Brasil – Além do ofício atribuído a Acosta, quais outras evidências ele fornecia?

Krischke – A certa altura, ele diz onde estava enterrado o corpo de Tenorinho: Cemitério de La Chacarita (o maior da Argentina, no bairro homônimo de Buenos Aires), Setor A, Lado V, registro falsificado nº 3881, sob o nome de Marcelo Fernandes. Fui até lá, e o túmulo não existia. Isso me convenceu de que os documentos apresentados por ele não eram verdadeiros.

BBC News Brasil – Quais são as certezas em relação ao caso?

Krischke – Há uma posição da família: já sabemos o que aconteceu com nosso pai, mas não estamos confortados. Queremos saber por que o mataram, uma vez que ele não era militante político. Quem o matou e por quê? A dúvida procede. Eles têm o direito de saber. A simples identificação não é suficiente.

BBC News Brasil – As circunstâncias em que ele desaparece são igualmente curiosas.

Krischke – Ele foi capturado no centro de Buenos Aires (o Hotel Normandie, na Calle Rodríguez Peña, 320, bairro de Miramar, fica a três quilômetros de distância da Casa Rosada e a 350 metros do Congresso) e o corpo foi aparecer no subúrbio. Quem o levou para lá e teve o cuidado de tirar qualquer possibilidade de identificação? Assaltantes não procedem dessa forma. Se o assalto resulta em morte, o cadáver fica no local. Esse não foi um crime comum. Tudo indica que foi um crime político. Ocorre que ele não era militante político. Há, porém, um detalhe: usava barba. Talvez – e isto é ilação – tenha sido confundido com alguém. Essa é uma especulação minha. Ele levou cinco tiros, um na cabeça. Isso tem todas as características de uma execução clássica. É um modelo (de execução) da Triple A. Ainda na democracia argentina, houve uma matança impressionante.

BBC News Brasil – Que começou muito antes do golpe e foi, de certa forma, apropriada pelos militares.

Krischke – Apropriada e qualificada. Os corpos passaram a não ser mais jogados, e sim enterrados em sepulturas sem identificação ou colocados em tonéis com cimento, como aconteceu com um grupo de cubanos que estava no país e com Marcelo Gelman (poeta e jornalista, filho do poeta argentino Juan Gelman).

BBC News Brasil – É possível imaginar que os outros seis brasileiros desaparecidos na Argentina venham a ser identificados?

Krischke – O caso do Tenorinho serve de exemplo. De repente, se identifica. Mas o caso dele é anterior à ditadura, assim como os de Edmur Péricles Camargo, Joaquim Pires Cerveira e João Batista Ritta Pereda (ver quadro abaixo). Todos os outros desapareceram depois de 24 de março de 1976.

BBC News Brasil – Quem são eles?

Krischke – Todos eram militantes políticos. Há casos curiosos como o de Jorge Alberto Basso, nascido em Buenos Aires em 1951 de pai argentino e mãe brasileira. A mãe dele era professora em Porto Alegre e, com o fim do casamento, retornou ao Brasil com o filho pequeno. Ele estudou no Julinho (Colégio Julio de Castilhos, antiga e tradicional escola pública da capital gaúcha) e se transformou em militante do Partido Operário Comunista (POC, dissidência do Partido Comunista Brasileiro). Foi para o Chile e mais tarde para a Argentina, onde passa a trabalhar como tradutor para um jornalista francófono. Seu trabalho era ler os jornais argentinos e traduzi-los para o francês. Era o que fazia quando desapareceu.

Brasileiros desaparecidos na Argentina (1971-1980)

Edmur Péricles Camargo (1914-?)

Edmur Péricles Camargo
Memorial da Resistência

Jornalista e dirigente do M3G (Marx-Mao-Marighella-Guevara), dissidência do PCB. Preso e banido do Brasil em janeiro de 1971 como parte do grupo de prisioneiros trocados pelo embaixador suíço sequestrado Giovanni Enrico Bucher. Desapareceu no Aeroporto Internacional de Ezeiza, em Buenos Aires, em 16 de junho de 1971, quando viajava do Chile para o Uruguai a bordo de um voo da LAN-Chile com passaporte chileno para estrangeiros em nome de Henrique Villaça. Um informe do Centro de Informações da Marinha (Cenimar) indica que teria sido entregue por autoridades argentinas a militares da Força Aérea Brasileira (FAB). O Estado brasileiro reconheceu a responsabilidade por sua morte e pagou indenização à família.

Joaquim Pires Cerveira (1923-?)

Joaquim Pires Cerveira
Memorial da Resistência

Major do Exército Brasileiro e militante do M3G. Preso e banido do Brasil em troca do embaixador alemão sequestrado Ehrenfried von Holleben em 1970. Sequestrado em Buenos Aires na madrugada de 12 de dezembro de 1973 por agentes brasileiros e argentinos. Foi visto com João Batista Ritta Pereda com sinais de tortura no DOI-Codi do Rio de Janeiro. O Estado brasileiro reconheceu a responsabilidade por sua morte e pagou indenização à família.

João Batista Ritta Pereda (1948-?)

Assim como Cerveira, era militante do M3G e foi sequestrado em Buenos Aires na madrugada de 12 de dezembro de 1973. O Estado brasileiro reconheceu a responsabilidade por sua morte e pagou indenização à família.

Sidney Fix Marques dos Santos (1940-?)

Sidney Fix Marques dos Santos
Memorial da Resistência

Dirigente do Partido Operário Revolucionário Trotskista (PORT). Exilado na Argentina, trabalhava como programador da IBM quando foi sequestrado em Buenos Aires no dia 15 de fevereiro de 1976 por agentes da Polícia Federal argentina.

Francisco Tenório Cerqueira Junior (1940-1976)

Pianista, desapareceu no dia 18 de março de 1976. A Argentina identificou suas impressões digitais como sendo as do corpo de um homem executado com cinco tiros e sepultado como não-identificado em 20 de março de 1976.

Sérgio Fernando Tula Silberbeg (1955-?)

Sérgio Fernando Tula Silberbeg
Memorial da Resistência

Professor de Educação Física, foi sequestrado em sua casa em Buenos Aires por agentes da Policia Federal da Argentina, que tripulavam uma viatura policial. Teria sido levado para o Campo de Mayo (CCD).

Maria Regina Marcondes Pinto de Espinosa (1946-?)

Maria Regina Marcondes Pinto de Espinosa
Memorial da Resistência

Militante do Partido Operário Comunista (POC). Desaparecida desde 1976. Consta em um relatório do Cenimar que "desapareceu" depois de sequestrada.

Jorge Alberto Basso (1951-?)

Filho de pai argentino e mãe brasileira, militante do Partido Operário Comunista (POC). Desaparecido desde 15 de abril de 1976, quando foi preso em um hotel no centro de Buebnos Aires. Sua desaparição foi reconhecida oficialmente pelo governo da Argentina, que pagou uma indenização a sua família.

Walter Kennet Nelson Fleury (1954-?)

Trabalhava na fábrica da Ford, na Panamericana, zona norte de Buenos Aires. Foi sequestrado em sua residência, juntamente com a companheira, Claudia Julia Fita Muller, na madrugada de 9 de agosto de 1976 por policiais e militares à paisana.

Roberto Rascado Rodriguez (1956-?)

Roberto Rascado Rodriguez
Memorial da Resistência

Estudante de Arquitetura. Preso em 17 de fevereiro de 1977 em sua residência por seis agentes da Marinha. Visto preso no CCD Club Atlético, em Buenos Aires.

Luis Renato do Lago Faria

Estudante do sexto ano da Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires, vivia no país desde 1973. Desapareceu em 7 de fevereiro de 1980.

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BBC
Luiz Antônio Araujo - De Porto Alegre para a BBC News Brasil
postado em 17/10/2025 22:03
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