
À medida que 2026 se aproxima, um velho nome volta a incendiar as timelines: Baba Vanga. Basta surgir uma nova lista de previsões atribuídas à vidente para que a internet dispare em teorias, memes e discussões acaloradas. Desta vez, o estopim veio de uma suposta profecia sobre o primeiro contato da humanidade com extraterrestres.
Segundo o Space and Technology, que publicou o alerta em sua conta no X (antigo Twitter), Vanga teria anunciado a chegada de uma nave espacial colossal capaz de abrir comunicação com uma civilização muito mais avançada que a nossa, que deverá entrar na atmosfera terrestre em novembro do ano que vem. Em pouco tempo, a publicação viralizou.
A reação não surpreende. Mesmo sem qualquer evidência científica de visitas alienígenas, a curiosidade sobre vida fora da Terra nunca esfria — e ganha novo fôlego diante de fenômenos que despertam a imaginação coletiva, como a recente passagem do cometa interestelar 3I/ATLAS. Foi o suficiente para que o tema, adormecido desde o ano passado, voltasse a circular com intensidade e reacendesse debates sobre o desconhecido.
Segundo o jornal indiano Economic Times, as previsões de Vanga para o 2026 ainda incluem diversos desastres naturais. Embora não se saiba onde e quando, a teoria contempla maremotos gigantes, erupções vulcânicas e condições climáticas extremas.
Além disso, existe a suposição de uma Terceira Guerra Mundial, declarada nos primeiros meses do ano e envolvendo as principais potências mundiais — incluindo a anexação de Taiwan pela China e um embate direto entre Estados Unidos e Rússia. A inteligência artificial não ficou de fora das teorias, apontada como a futura dominância sob a humanidade.
A figura por trás do mito
Para entender por que Baba Vanga continua viralizando décadas após sua morte, é preciso revisitar sua história. Vangeliya Pandeva Gushterova nasceu em 1911, no atual território da Bulgária, e perdeu a visão na adolescência após um acidente. Anos depois, transformou-se em uma espécie de conselheira espiritual, recebendo multidões em busca de respostas para questões pessoais, políticas ou existenciais.
Com o tempo, seu nome ultrapassou as fronteiras dos Bálcãs e se envolveu em um aura quase mítica, alimentada por testemunhos que atribuíam à vidente capacidades de clarividência. A partir daí, surgiu o fenômeno: listas de profecias (muitas elaboradas após sua morte) passaram a circular anualmente, prevendo desde colapsos econômicos até desastres naturais ou avanços científicos.
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Previsões que de fato aconteceram
Apesar da força das supostas previsões, não existe qualquer compilação oficial deixada por Baba Vanga, que morreu em 1996. Ela não escreveu cadernos nem registrou vaticínios de forma organizada. A maioria das profecias atribuídas a seu nome nasce de relatos orais, interpretações soltas ou listas publicadas décadas depois, o que leva especialistas a apontarem a ambiguidade e a maleabilidade de tais mensagens — características frequentes em figuras proféticas e tradições populares.
Mesmo assim, o imaginário coletivo não diminui. Entre as previsões mais citadas estão os atentados de 11 de setembro, o fim da União Soviética e diferentes catástrofes ao redor do globo — afirmações que jamais foram autenticadas, mas continuam circulando graças ao fascínio em torno de uma vidente que teria antecipado o improvável.
Entre folclore, internet e incertezas globais
Parte da permanência de Baba Vanga se deve à tradição esotérica do Leste Europeu, onde videntes e curandeiras rurais fazem parte do tecido cultural. Outra parte nasce do nosso próprio tempo: em fases de instabilidade, crises ou mudanças rápidas, cresce a busca por explicações que apontem caminhos — mesmo quando esses caminhos passam por mitos, especulações e interpretações livres.
Assim, a cada final de ano, Baba Vanga renasce nas redes sociais como uma figura que mistura mistério, folclore e cultura pop. Suas profecias, verificadas ou não, continuam mobilizando milhões justamente porque oferecem algo que nunca deixa de ser sedutor: a promessa de compreender o que talvez nos aguarde no futuro.

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