
Há momentos em que eu questiono por que existem mulheres com a capacidade de conceber uma vida. São criaturas tão indignas dessa experiência, com o mal tão arraigado nelas, que deveriam ser estéreis, sem nenhuma possibilidade de dar à luz a uma criança.
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O sentimento me veio novamente esses dias, quando li sobre uma infame que assassinou a filha, de dois meses, para se vingar do marido. A bebê foi morta por asfixia e tinha hematomas pelo corpo, ou seja, certamente foi espancada. Depois da barbárie, a homicida saiu para beber.
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Pelo que mostra a denúncia apresentada pelo Ministério Público, é possível deduzir que a criança não tinha mesmo a menor chance de escapar do seu destino. Ela estava nas mãos de um casal abjeto. Horas antes do crime, a mulher mandou mensagens para o marido ameaçando cometer o assassinato. Em vez de sair em socorro da filha, ele instigou a companheira a matá-la.
Covardias como essa e inúmeras outras contra crianças e adolescentes — justamente os mais vulneráveis, que mais necessitam de proteção — nos fazem duvidar de que há esperança para a humanidade. Causam-nos uma mistura de tristeza, repulsa, sentimento de impotência. A que nível chega a perversidade de uma criatura que traz uma vida ao mundo e a destrói com as próprias mãos, de forma violenta, impondo profundo sofrimento. É um espécime que não merece nem o ar que respira.
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O medonho casal está preso, acusado de homicídio qualificado. A despeito da esperada condenação, não há, no Brasil, sentença de prisão capaz de fazer justiça ante um crime tão sórdido. Somos um país tolerante com a brutalidade. Nossa legislação penal é um rol de benesses para criminosos, até para os mais repugnantes. Se assim não fosse, torturadores, estupradores e assassinos de crianças e adolescentes apodreceriam na cadeia. Que bem faz à sociedade o retorno deles às ruas? A jaula, até o fim dos seus lamentáveis dias, seria o lugar correto para seres malignos assim.

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