
A organização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) anunciou, nesta semana, os nomes dos primeiros enviados especiais que atuarão diretamente na articulação da sociedade civil com o evento. Entre os escolhidos estão a primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, e a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern.
O papel dos enviados especiais será o de promover o engajamento de diferentes setores nas discussões climáticas que ocorrerão em Belém, capital do Pará, entre 10 e 21 de novembro. Janja foi nomeada representante das mulheres, enquanto Jacinda representará a Oceania. Também foram anunciados Frederico Assis, ex-assessor de Celso Amorim, Laurence Tubiana e Ethel Maciel, com atuações nas áreas de informação, Europa e saúde, respectivamente.
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A COP30 é considerada o maior fórum internacional voltado ao enfrentamento das mudanças climáticas. A expectativa do governo brasileiro é receber delegações de mais de 190 países, além de organizações ambientais, especialistas e lideranças da sociedade civil para discutir os avanços e desafios no cumprimento das metas climáticas estabelecidas em acordos anteriores.
De acordo com a organização do evento, os enviados especiais terão como missão principal escutar os setores que representam e levar suas preocupações e sugestões à mesa de negociação. Ao mesmo tempo, deverão ser porta-vozes das diretrizes e compromissos da COP30 em suas respectivas áreas de atuação.
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A lista inicial de enviados inclui ainda Laurence Tubiana, que foi negociadora do Acordo de Paris e representará a Europa; Ethel Maciel, epidemiologista especialista em doenças infecciosas, que atuará na área da saúde; e Frederico Assis, que tratará da integridade da informação no contexto das mudanças climáticas.
Em carta divulgada na semana passada, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, alertou para o risco de um “efeito dominó” climático caso não haja uma ação coordenada dos países. Segundo ele, os desafios geopolíticos, socioeconômicos e ambientais exigem um esforço multilateral robusto para conter os efeitos das mudanças climáticas no planeta.
*Estagiária sob supervisão de Andreia Castro