Direitos Humanos

CDH investiga casos de abuso e tráfico infantil no arquipélago do Marajó

Durante missão oficial no Pará, senadora Damares Alves relata denúncias graves e cobra acompanhamento do Senado em crimes contra crianças

Senador Paulo Paim (PT-RS) e presidente da CDH, senadora Damares Alves (Republicanos-DF). -  (crédito:  Andressa Anholete/Agência Senado)
Senador Paulo Paim (PT-RS) e presidente da CDH, senadora Damares Alves (Republicanos-DF). - (crédito: Andressa Anholete/Agência Senado)

Durante reunião da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, nesta quarta-feira (2/7), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) apresentou relatos impactantes colhidos durante missão oficial ao arquipélago do Marajó, no Pará. A diligência, aprovada pela comissão, teve como objetivo apurar denúncias de abuso sexual e tráfico humano envolvendo crianças e adolescentes nos municípios de Breves e Anajás.

Além de senadores, a comitiva contou com a presença de deputados federais e um deputado estadual. O grupo se reuniu com representantes das redes de proteção à infância e às mulheres, além de autoridades locais e familiares das vítimas.

Em Anajás, Damares destacou o caso de Amanda, uma menina de 11 anos que foi sequestrada, torturada e assassinada. O corpo da criança foi encontrado a menos de 150 metros da casa onde morava. Dois suspeitos já foram condenados, mas a senadora questionou a possibilidade de mais pessoas estarem envolvidas no crime e defendeu que o Senado acompanhe o andamento do caso de perto.

Outro caso citado foi o de Elisa, desaparecida aos dois anos de idade. De acordo com a senadora, a investigação passou por três delegados e foi reaberta por determinação do Ministério Público. 

A mãe da menina relatou ter sido ameaçada e agredida por supostos traficantes, que chegaram a mostrar uma foto da filha ainda viva e exigiram que ela entregasse outra criança em troca do retorno da menina. A imagem, compartilhada em grupos de moradores, será submetida à perícia.

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“Por que essa menininha está desaparecida? Desapareceu com dois anos de idade. Ela já está chegando aos quatro anos de vida e não se conclui a investigação. Por incrível que pareça, o primeiro delegado encerrou o caso. Já está no terceiro delegado ", criticou Damares.

A senadora reforçou que os relatos colhidos durante a missão indicam falhas graves na atuação do sistema de justiça e segurança pública na região e cobrou providências urgentes para garantir a proteção das crianças marajoaras.

*Estagiária sob a supervisão de Rafaela Gonçalves 

postado em 02/07/2025 14:57
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