TRAMA GOLPISTA

Mauro Cid pede a Moraes liberação para comparecer ao aniversário da avó

Defesa argumenta que o pedido tem caráter humanitário e reforça que o ex-ajudante já teria cumprido integralmente a pena imposta no caso da trama golpista

Cid cumpre atualmente medidas cautelares impostas pelo Supremo, entre elas o uso de tornozeleira e a proibição de deixar sua residência nos fins de semana -  (crédito: Rosinei Coutinho/SCO/STF)
Cid cumpre atualmente medidas cautelares impostas pelo Supremo, entre elas o uso de tornozeleira e a proibição de deixar sua residência nos fins de semana - (crédito: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para que ele possa participar do aniversário da avó. O pedido, enviado nesta sexta-feira (24/10), é classificado pelos advogados como de “caráter humanitário e excepcional”.

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Cid cumpre atualmente medidas cautelares impostas pelo Supremo, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de deixar sua residência nos fins de semana. A solicitação encaminhada à Corte pede que ele seja liberado de forma temporária para comparecer à comemoração, marcada para o dia 1º de novembro.

Os advogados de defesa sustentam que Mauro Cid já teria cumprido integralmente a pena de dois anos aplicada pela Primeira Turma do STF no julgamento sobre a suposta trama golpista. Mesmo assim, ele continua sujeito às restrições judiciais, o que motivou o novo pedido de flexibilização.

Em setembro, a defesa já havia tentado encerrar as medidas cautelares, alegando cumprimento total da pena. Na ocasião, Moraes negou a solicitação, afirmando que a condenação ainda não havia transitado em julgado. Apesar da negativa, os representantes de Cid reiteraram o pedido hoje, insistindo no argumento humanitário.

Após a publicação do acórdão da condenação, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou que não pretende recorrer da pena imposta ao ex-ajudante. Segundo interlocutores, Gonet considerou que a sanção poderia ter sido mais severa, mas decidiu não apresentar recurso à decisão.

Entre os condenados do núcleo 1 da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, Mauro Cid foi o único a escapar de punições mais duras, como a perda da patente militar. Apesar disso, o ex-ajudante pediu baixa voluntária do Exército após o julgamento.

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postado em 24/10/2025 14:15 / atualizado em 24/10/2025 14:16
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